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O mais característico

Todas as visitas a Bolonha começam na Fonte de Neptuno, um dos monumentos elaborados pelo artista flamengo Giambologna na cidade. A fonte encontra-se na fantástica Praça Maior rodeada pelo Palácio Accursio, a Biblioteca de Salaborsa e os Palácios Podestà e Re Enzo. Esta praça é o centro cultural da atual Bolonha, e durante o século XVIII foi o principal foco comercial da cidade. A praça destaca-se pelos seus espaços abertos e pela Basílica de São Petronino, em cujo interior podemos apreciar (com alguma dificuldade) o maior relógio de sol do mundo.

Como curiosidade arquitetónica devemos ir até às arcadas que existem entre o Palácio Re Enzo e o da Podestà. Para que isto funcione deve pedir a alguém que se posicione numa das colunas enquanto outra pessoa fica no canto contrário e sussurra algo diretamente para a coluna. Poderá comprovar que se pode ouvir perfeitamente o que o nosso companheiro diz desde o outro lado. Se caminhar até à via dell’Archiginnasio através do Paviglione, encontrará a melhor zona de compras da cidade. O Palácio do Archiginnasio foi a primeira sede da Universidade de Bolonha, a mais antiga do ocidente, fundada em 1088. Aqui foram dadas as primeiras aulas de anatomia e foi elaborado o primeiro protocolo de autópsias que permitiu o desenvolvimento da medicina moderna. Dirija-se agora à Igreja de São Domingos, onde poderá apreciar obras de arte em mármore de grandes escultores renascentistas como Miguel Ângelo.

O Quadrilátero é o bairro mais carismático de Bolonha. As pequenas ruas desta zona recebem o mercado tradicional da cidade, no qual pelas manhãs se vêm bancas de produtos típicos da gastronomia da Emilia-Romagna. Pelas tardes o caminho está aberto para os bares e tabernas onde comer alguma das ricas receitas bolonhesas. Dirigimo-nos agora à Praça de Santo Stefano numa idílica rua típica italiana onde poderemos desfrutar da Igreja de Santo Stefano. Aqui perto está a Galeria Corte Isolani, um luxuoso e minúsculo centro comercial por onde podemos atalhar para chegar a Strada Maggiore. Aqui encontramos a principal atração turística da cidade, a Torre Asimelli, juntamente com a Torre Garisenda. A cidade de Bolonha chegou a ter mais de uma centena de torres na Idade Média, no entanto hoje em dia apenas restam cerca de vinte. A Torre Asimelli é a mais alta e é possível subir até ao topo, tendo uma grande vista da cidade e mais além. Desde as torres podem ver-se até localidades vizinhas nos dias claros, como se fossem vistas desde os voos de Lisboa a Bolonha.

Na época medieval a cidade contava com uma grande quantidade de canais de água que foram soterrados há alguns séculos e hoje em dia constituem grande parte do sistema de esgotos e saneamento de Bolonha. Sob a arcada da Via Piella encontramos uma pequena janela que nos permitirá descobrir um dos poucos canais que ainda não estão debaixo de terra. Isto é o que dá a humidade característica à cidade.

Não perca…

A sudoeste da cidade encontra-se num monte o Santuário da Madonna di San Luca. Este é um destino tradicional das peregrinações religiosas da cidade. Desde as arcadas adjacentes ao Arco do Meloncello, na Via Saragossa, podemos subir a pé à Colina da Guarda, através do tramo de arcadas mais comprido do mundo, onde se encontra o Santuário. Desde aqui temos uma vista panorâmica maravilhosa da cidade e arredores.